domingo, 28 de março de 2010

- A realidade, o tempo e a tragédia.

Ah! A triste constatação a qual todos chamamos de realidade.
Depois de algum tempo, é inevitável observar mudanças em nossa vida - com sorte boas - às vezes não tão agradáveis.
Depois de algum tempo, você começa a perceber que tudo o que você busca, procura e acredita basta somente para você; que às pessoas a sua volta acham ser besteira, desnecessariedade, enfim, tudo, menos essencial.
Com o passar do tempo, você também descobre que a sua vida não é lá tão boa quanto você gostaria que ela realmente fosse e você tenta, de formas e formas muda-lá, mas parece que seus eforços não surtem efeito algum; parece que é como se você nem ao menos tivesse tentado. Aí surge a frustração, o desânimo, a desmotivação, o cansaço... e a vontade -quase reprimida - de mudar, é agora uma leve chama, que ao menor sopro, se extingue.
Pode até perceber que, algumas pessoas que você achava que te fortaleciam na verdade são as que mais te aprisionavam porque hoje, você tem a inteligência, a ciência de compreender o que lhe foi feito, mas não há já a quem culpar depois de tanto tempo, só há uma vítima: você e seus sonhos em pedaços.
Mas, o que faz, afinal, você seguir em frente?
A perseverança de mudar, a possibilidade de melhorar ou a audácia de querer para você o melhor? Nenhuma das anteriores...
O que te faz seguir em frente é apenas o tempo; apenas a falta de escolhas, a falta de algo melhor a fazer, senão continuar.
Triste é constatar isso em uma certa altura da vida; mas o tempo não é sempre tão cruel.
Com alguma sorte, vontade e esperança, o tempo às vezes pode mostrar-se justo: Se foi tão cruel até hoje, começa a ser tão bom ao ponto de se duvidar que realmente seja tão bom.
É uma possibilidade, em um milhão de pensamentos negativos, mas ainda assim, é uma possibilidade.

Depois de um mês, eis que surjo das cinzas e volto a postar.
Desabafo é o nome disso.
Boa noite.

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